Prólogo

Gostaria de explicar, ao menos entender porque comecei a escrever poesia ou algo do gênero, e como tudo começou. Minhas lembranças me levam, antes mesmo de minha adolescência, independente da minha vontade, parece ser tudo coisa da estupidez do momento ou obra do acaso. Como explicar a vida ou uma existência?

Também não se trata de um dom, escrever como faço é mais um tipo de compulsão, esta aqui é a minha. Assim, convido o leitor a tentar entender minha viagem de vida, meus pensamentos, delírios e outras loucuras próprias. O que procurava? Nem sei, mas não consigo viver sem pensar, sentir sem registrar tudo em algum lugar, o transcrito aqui é o transbordar da minha individualidade, além do suportável por ela.

Se é possível definir o que faço, o leitor verá como o lirismo, o romantismo, o niilismo e a inocência perdida se fundiram de tal forma, tornando um ser perdido e apartado do momento. Minha energia se foi, e o Universo que a tenha em bom lugar. Decidi que esse momento era o propício para iniciar este projeto, não me perguntem porque, não tenho esta resposta no momento.

Os textos postados aqui são de minha autoria , não estão em ordem cronológica, mas conforme os postarei aqui. Sempre assinei meus textos com o pseudônimo "EU". Nem tudo será poesia, nem tudo será coerente ou sábio. Afinal, posso ser tudo, menos sábio...

EU

domingo, 1 de abril de 2007

ILUSÕES


Falar em Amor, não é amar.
EU



Quando me oculto e recolho meu sentir, percebo detalhes interessantes sobre o mundo. Ultimamente, fico a observar pessoas, e vejo como muito de nosso mundo é fantasia, ilusão e sonho.

Determinadas palavras são usadas para espelhar situações, que nada tem haver com o que fazemos ou somos. Sem dúvida sinais claros de imaturidade, e falta de consciência de si mesmos. Tal duplicidade de comportamento sempre existiu, mas os meios eletrônicos, a Internet, Orkut e ou sites de interação interpessoal. Aliado a avanços na área de fotografia digital e na medicina de embelezamento. Estão expondo de tal forma estes comportamentos, que chego a crer em loucuras coletivas.

Pensar em ser livre, sonhar com liberdade, falar na mesma, nada tem haver com o fato de ser livre, pois se trata de um exercício, algo que deve ser parte de um passado ou presente. Continuamente renovado.

O mesmo posso dizer do amor, é um sentimento, que vai muito além da atração física, pois como a liberdade, o amor é reflexo de uma efetividade, as relações afetivas devem modificar as pessoas, caso contrário estas pessoas amam somente a si próprias, novamente, um comportamento infantil e egocêntrico. Acho mesmo que vivemos em uma sociedade, em que poucos amam, porque amam somente a si próprios. Ora, não se ama alguém em discursos, em propaganda, se ama alguém, dentro de uma relação de troca, em que ambos os pares do casal, cresçam e amadureçam. Amar é um exercício diário de convivência, buscando objetivos em comum, ou um precisar mútuo de troca de afetividade. Diria mesmo quem mais ama, como quem mais é livre, não precisa da propaganda, da fantasia, porque já vive concretizando o que os outros apenas propagam.

Parece que no mundo atual as pessoas que mais falam, nada tem a dizer, as que mais aparecem, nada além do que aparentam, ou seja, um vazio, ecos vazios de si mesmos. Como um jogo de múltiplos espelhos a rebater infinitas vezes o nada, basta a quebra de um deles, para vermos a farsa. Um mundo real de farsantes se passando por seres. Bem vindo senhores as minhas viagens.

EU

2 comentários:

Anônimo disse...

Um pouco depressivo o seu texto...

PRS disse...

Sem dúvida, mas a questão é: você acha que a visão está errada, ou é isto que estamos assistindo pela internet e pelo mundo afora, a imagem, o parecer, a propaganda, pergunto aonde vamos parar. Como conhecer a realidade por perfil do Orkut, em uma home page ou até mesmo em e-mails, msn, etc...

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