sempre estive ali,
sempre vou existir para você,
represento o que de mistério a vida ainda pode ti levar,
entre o amanhecer e o por do sol,
entre o teu sonhar e o mundo do teu prazer.
Sou como cada segundo que não pertence a você.
Um fundo de céu,
como a paisagem que te cerca e acalenta cada temor,
cada sonho seu.
Quero me afastar de você,
tanto como quero que a vida me leve para qualquer lugar,
queria que fosse para longe de você.
Já pus nisso decisão, loucura, ato, força.
Mas você parece não querer,
gosta de arranhar minha loucura
como se fosse sua própria pele.
Você parece gostar de me ver sangrando
e de fazer o mesmo com você.
Eu sei que o mundo do teu sentir, me pertence,
mas teu sentido assim me faz sangrar,
minha alma ao lado de você cospe seu último limiar de vida.
Desfazendo-me assim só vou conseguir ti alimentar por mais alguns instantes.
Entre, o não conseguir dormir,
o não conseguir me alimentar de mais nenhum outro sonho,
esbarro com seu ser.
Algo como flutuar entre teus pensamentos,
sabendo de cada suspirar seu.
Já ti disse não conseguirei viver entre a loucura de ti ter
e o sonho de nunca mais ti ver.
Deixe-me, ou cuida de mim,
vive comigo ou me solte para ter minhas últimas viagens de vida.
Ficarei em paz se não olhar mais para você,
tanto quanto não conseguirei mais respirar.
O levantar do sol me avisa que existe um corpo em mim,
meu ser é mortal, por mais que perto de você
ele se esqueça disso.
Sem poder agir, sem poder fugir, sem querer fingir. Estou aqui.
Pode ser que seja ti esperando,
pode ser que seja desesperando,
pode ser que nem seja,
que nem eu mesmo saiba,
se tudo é mero acaso de ainda continuar ti amando...
Eu
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