É dia
e a luz oblíqua
morre virgem
na parede nua.
É dia
e a brisa envolve
a cortina em balanços leves
como dois amantes
sol e lua.
É dia
que a cor parece pura
traços soltos e vistos
por quem almeja
sua sombra em luz.
É dia
e os pássaros
voltaram a cantar
para se verem livres
de seu algoz humano.
É dia
e mais velha um dia você vai ficando
e se perdendo em mais um ano
vai se encontrando.
Na imagem refletida por seu espelho
marcando tão bem a passagem só de ida,
que um dia compramos, por nos terem dado à luz
mas foi só por um dia.
Eu
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