Prólogo

Gostaria de explicar, ao menos entender porque comecei a escrever poesia ou algo do gênero, e como tudo começou. Minhas lembranças me levam, antes mesmo de minha adolescência, independente da minha vontade, parece ser tudo coisa da estupidez do momento ou obra do acaso. Como explicar a vida ou uma existência?

Também não se trata de um dom, escrever como faço é mais um tipo de compulsão, esta aqui é a minha. Assim, convido o leitor a tentar entender minha viagem de vida, meus pensamentos, delírios e outras loucuras próprias. O que procurava? Nem sei, mas não consigo viver sem pensar, sentir sem registrar tudo em algum lugar, o transcrito aqui é o transbordar da minha individualidade, além do suportável por ela.

Se é possível definir o que faço, o leitor verá como o lirismo, o romantismo, o niilismo e a inocência perdida se fundiram de tal forma, tornando um ser perdido e apartado do momento. Minha energia se foi, e o Universo que a tenha em bom lugar. Decidi que esse momento era o propício para iniciar este projeto, não me perguntem porque, não tenho esta resposta no momento.

Os textos postados aqui são de minha autoria , não estão em ordem cronológica, mas conforme os postarei aqui. Sempre assinei meus textos com o pseudônimo "EU". Nem tudo será poesia, nem tudo será coerente ou sábio. Afinal, posso ser tudo, menos sábio...

EU

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Sangrando

Estou sangrando
minha vida escorrendo.
Nessa via correndo
respingos por toda parte.
Paredes rubras como eu
Poças caídas
Restos de mim
Cicatrizes em minha alma
que jamais fecharão
Feridas abertas
transbordando sangue
Um mundo vermelho
sem dor ou sentido
É vida cravando cruzes
transpassando meu corpo
Não me resta muito
além dessas poças de sangue
Desejos perdidos
esquecidos num passado distante.
E meus dedos, meus braços
todo o meu corpo tentando parar
esse jorrar de coisas incertas.
Doces momentos por um ato final.


Eu

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