Prólogo

Gostaria de explicar, ao menos entender porque comecei a escrever poesia ou algo do gênero, e como tudo começou. Minhas lembranças me levam, antes mesmo de minha adolescência, independente da minha vontade, parece ser tudo coisa da estupidez do momento ou obra do acaso. Como explicar a vida ou uma existência?

Também não se trata de um dom, escrever como faço é mais um tipo de compulsão, esta aqui é a minha. Assim, convido o leitor a tentar entender minha viagem de vida, meus pensamentos, delírios e outras loucuras próprias. O que procurava? Nem sei, mas não consigo viver sem pensar, sentir sem registrar tudo em algum lugar, o transcrito aqui é o transbordar da minha individualidade, além do suportável por ela.

Se é possível definir o que faço, o leitor verá como o lirismo, o romantismo, o niilismo e a inocência perdida se fundiram de tal forma, tornando um ser perdido e apartado do momento. Minha energia se foi, e o Universo que a tenha em bom lugar. Decidi que esse momento era o propício para iniciar este projeto, não me perguntem porque, não tenho esta resposta no momento.

Os textos postados aqui são de minha autoria , não estão em ordem cronológica, mas conforme os postarei aqui. Sempre assinei meus textos com o pseudônimo "EU". Nem tudo será poesia, nem tudo será coerente ou sábio. Afinal, posso ser tudo, menos sábio...

EU

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Danem-se!

Dane-se o mundo
e seus moribundos!
Dane-se a razão
e todas as suas coisas!

Fiquem os restos
dos rejeitos!
Os sujeitos
que encontrem
seus defeitos!

Estou pouco feito
a tudo
seja muito
seja pouco
seja demais!

O saco encheu
transbordou
de idiotices parafraseadas!

Estou opaco
e turvo
criou-se limo
em minha retina!

Cuspi meu cérebro
de manhã
fiz tolices
até o anoitecer!

Vou andar sozinho
dar voltas
por cima de minha lápide
Danem-se!

Eu

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