Prólogo

Gostaria de explicar, ao menos entender porque comecei a escrever poesia ou algo do gênero, e como tudo começou. Minhas lembranças me levam, antes mesmo de minha adolescência, independente da minha vontade, parece ser tudo coisa da estupidez do momento ou obra do acaso. Como explicar a vida ou uma existência?

Também não se trata de um dom, escrever como faço é mais um tipo de compulsão, esta aqui é a minha. Assim, convido o leitor a tentar entender minha viagem de vida, meus pensamentos, delírios e outras loucuras próprias. O que procurava? Nem sei, mas não consigo viver sem pensar, sentir sem registrar tudo em algum lugar, o transcrito aqui é o transbordar da minha individualidade, além do suportável por ela.

Se é possível definir o que faço, o leitor verá como o lirismo, o romantismo, o niilismo e a inocência perdida se fundiram de tal forma, tornando um ser perdido e apartado do momento. Minha energia se foi, e o Universo que a tenha em bom lugar. Decidi que esse momento era o propício para iniciar este projeto, não me perguntem porque, não tenho esta resposta no momento.

Os textos postados aqui são de minha autoria , não estão em ordem cronológica, mas conforme os postarei aqui. Sempre assinei meus textos com o pseudônimo "EU". Nem tudo será poesia, nem tudo será coerente ou sábio. Afinal, posso ser tudo, menos sábio...

EU

sábado, 18 de agosto de 2007

Fantasmas

... e no tempo percorrido
deixo fantasmas do meu ser
que moram em dias
que já foram meus.

... e nos caminhos percorridos
meus fantasmas vão se perder
para nunca mais se acharem
nos caminhos do meu ser.

... e no tempo perdido
meus fantasmas vão viver
vão se achar na tentativa
de então me encontrar.

... e nos caminhos do meu ser
meus fantasmas vão perecer
para depois
se tornarem partes do meu ser.

...e no tempo decorrido
meus fantasmas vão colher
partes do meu ser
mas só iremos nos encontrar
quando o meu ser se perder
no fantasma que ainda vou ser.

EU

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