Prólogo

Gostaria de explicar, ao menos entender porque comecei a escrever poesia ou algo do gênero, e como tudo começou. Minhas lembranças me levam, antes mesmo de minha adolescência, independente da minha vontade, parece ser tudo coisa da estupidez do momento ou obra do acaso. Como explicar a vida ou uma existência?

Também não se trata de um dom, escrever como faço é mais um tipo de compulsão, esta aqui é a minha. Assim, convido o leitor a tentar entender minha viagem de vida, meus pensamentos, delírios e outras loucuras próprias. O que procurava? Nem sei, mas não consigo viver sem pensar, sentir sem registrar tudo em algum lugar, o transcrito aqui é o transbordar da minha individualidade, além do suportável por ela.

Se é possível definir o que faço, o leitor verá como o lirismo, o romantismo, o niilismo e a inocência perdida se fundiram de tal forma, tornando um ser perdido e apartado do momento. Minha energia se foi, e o Universo que a tenha em bom lugar. Decidi que esse momento era o propício para iniciar este projeto, não me perguntem porque, não tenho esta resposta no momento.

Os textos postados aqui são de minha autoria , não estão em ordem cronológica, mas conforme os postarei aqui. Sempre assinei meus textos com o pseudônimo "EU". Nem tudo será poesia, nem tudo será coerente ou sábio. Afinal, posso ser tudo, menos sábio...

EU

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Máscara

Meu rosto,
Máscara distorcida pelo tempo
Impelido contra o vento
Ação da gravidade

Meu rosto,
derretido pelo calor da vida
Borrão transformado pela emoção
Vale no meio de montanhas de rugas

Meu rosto,
Aquele que o tempo
Levou de mim
Sem pena ou remorso

Meu rosto,
Onde estaria ele?
Por onde anda
aquela criança?

Meu rosto,
Irreconhecível agora
Porque somaram nele
Todas as coisas do mundo

Meu rosto,
Em breve será só
mais um moribundo
Caveira, enfim, pó.

Eu